Estamos “acabadinhos” de entrar num novo ano, que agora desponta, deixando para trás outro ano, que (penso eu), não deixa saudades. Em termos pessoais, só cada um saberá, mas em termos Nacionais e Internacionais, acho que estaremos todos de acordo que cada ano que finda é pior do que o anterior. Além da maldade dos homens, que provoca crises, guerras (como a que está a decorrer na Faixa de Gaza), mortes e sofrimentos, a “mãe Natureza” também tem vindo a mostrar a sua insatisfação, e vai provocando igualmente mortes e sofrimentos. Ultimamente tem-se ouvido falar que o ciclone “tal” foi o mais forte e devastador dos últimos 100 anos, que o terramoto no sítio “tal” foi o mais potente e mortífero dos últimos 500 anos, que a tempestade tropical “tal”, foi a mais destruidora do último milénio, etc., etc.. Porque será?
Apetece-me aqui reflectir um excerto bíblico que um colega (na brincadeira) está constantemente a referir: “…chegará o dia em que os vivos, terão inveja dos mortos…”.
Eu devo confessar que nunca li a Bíblia, nem sei se já alguma vez se concretizaram algumas profecias que “deambulam” pela sua mensagem, mas alguns “transcritos” que se vão ouvindo, dão que pensar. Não há dúvida que a natureza está a responder aos danos que nós (portadores da racionalidade(?)) lhe causámos, principalmente desde que começou a Era Moderna. Depois que inventámos a Indústria e os seus dejectos, os motores, a energia nuclear e os testes com bombas radioactivas (para intimidar Nações), etc., etc., o mundo mudou. Mudou o planeta e mudou a mentalidade dos seus habitantes, principalmente daqueles que se julgam o apogeu da civilização.
Os princípios básicos do respeito, educação e amizade foram adulterados, inevitavelmente, face a uma Sociedade “consumista e egoísta”. Esses princípios básicos, estão obsoletos e desenquadrados no presente e mais estarão amanhã (no futuro). Estamos a assistir à extinção daquela “espécie” de humanos que preferem sofrer, magoar-se ou terem um desgosto, a passarem por cima da honra e da palavra. Nos dias de hoje, a arrogância e a prepotência são confundidas com qualidades inatas de líder, e a mesquinhez com um acto de sabedoria, enquanto que a perseverança e a dedicação, confundidas com actos ocasionais de exibicionismo e não com qualidades. Por trás da formação destas opiniões, estão bases de incidência como o factor Político, Social ou Académico e todo um jogo de interesses que “encaixam” no panorama sócio-económico actual e que não permite outros métodos racionais de aferição, a não serem os que naquele momento servem todo um conjunto de conveniências. Tal qual, um Juíz dá sentenças diferentes para casos análogos e liberta criminosos rejeitando provas evidentes como imagens de vídeo, para arranjar argumentos (como é possível num País de Direito(?)), assim, os mesmos actos concebidos pelas pessoas, são interpretados, assimilados e criticados de diferentes formas, consoante o estatuto da personalidade que os praticou. A “mesmíssima” coisa efectuada por um político ou por um “ignorante” qualquer com “canudo” adquirido no projecto (Novas Oportunidades) que em três períodos de seis meses passa da 4ª. Classe a Dr., e uma pessoa qualquer que recebe a sua “esmola” pelo trabalho que efectua dignamente já com os descontos efectuados, sem nenhuma hipótese de fugir aos impostos e que por esse motivo não pode declarar rendimento mínimo sendo punido pelo facto de o seu filho não ter direito a Bolsa de Estudo, não é aceite da mesma maneira pela Sociedade, sendo ainda que, o filho “dos tais” que se apresenta de carro “top de gama” no estacionamento da Universidade, têm uma “B.E.” porque o “Papá” declara ordenado mínimo e a “Mamã” não trabalha.
Lembro-me de uma frase escrita há muito tempo, pelo “imortalizado” Charlie Chaplin, que se integra na perfeição: “…de tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus…o homem! Chega a desanimar da verdade e a rir da honra, para ter vergonha de ser honesto”.
Em todos os sectores da vida, nos deparamos com “tabuleiros de xadrez” repletos de “peças trocadas” que minuciosamente são coladas com estratégia por pessoas influentes, de modo a tirarem benefícios dessa disposição, mesmo que por vezes tenham de “vigarizar” a lei.
Senão reparem: O Território Nacional, está quase Ordenado e no prazo de pouco tempo, estará completamente. As figuras do Regime Ordenado existentes, são as Zonas de Caça Turísticas, Associativas, Municipais e Sociais (??). Não há dúvida, que se quisermos ter espécies cinegéticas durante muitos anos, teria de ser tomada esta medida, que até já peca por tardia. Pois só assim, se consegue proporcionar alimentação, protecção e sossego aos animais (embora seja nula a comparticipação do Estado), mas também é certo, que esta medida irá dividir os caçadores por extractos sociais. Estão assim de volta as “coutadas particulares”, que embora sejam criadas com base em metodologias marginais (os chamados métodos inteligentes), laboram com a maior tranquilidade, e são até estas “coutadas” que estão no “top tem” das Zonas de Caça, pois as autoridades competentes, continuam a teimar em desconhecer a existência delas (não se sabe bem porquê). Toda a gente sabe que as Zonas de Caça Associativas, devem ser constituídas por Associações, de modo a servir os seus sócios, na proporção de 50 ha por Associado. No entanto, todos conhecemos Associativas constituídas por Associações fictícias, com sócios fictícios, que emprestam a carta de caçador em troca de uma caçada (para a constituição da mesma), sendo depois essa Associativa de uma só pessoa, (normalmente, o dono do monte), que irá convidar quando lhe convier, uns amigos (quase sempre, gente influente na Sociedade), que por sua vez, o irão compensar futuramente de alguma maneira, por fazerem essas caçadas, geralmente bem proveitosas.
Este tipo de gestão não está de forma alguma prevista na lei, mas que existe, acho que ninguém tem a mínima dúvida. Então poder-se-á afirmar que este tipo de procedimento que em nada serve e dignifica a Arte Venatória, por violar (para além de outros) o direito da igualdade, consagrado no nº. 2 do Artº. 13º. da Constituição da República Portuguesa: “Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever…”. Além disso, contribuem para a tal divisão dos caçadores por extractos sociais, porque nessas Zonas de Caça, só entram Doutores, Políticos, Engenheiros, “Profissionais de Farda”, etc.
Eu sou a favor que a totalidade do Território Nacional seja Ordenado, mas, de maneira a que sejam dadas oportunidades iguais aos caçadores. É óbvio que ninguém consegue ser sócio de todas as Associações, nem pagar caçadas em todas as Turísticas, mas no mínimo, cada caçador nunca deveria ter motivo para mentalizar-se que em determinada Z.C. nunca poderá caçar, porque a si (por ser quem é), fechar-lhe-ão as portas. Excluindo estes casos, penso que com o Ordenamento, existe mais organização e mais qualidade, havendo sem dúvida um melhoramento e aumento dos efectivos cinegéticos, demonstrando-se que só é possível colher dois grãos se pelo menos se semear um.
Espero que os casos de sucesso continuem a melhorar em 2009 e que os outros, consigam tirar ilações e conclusões dos erros cometidos, para que não voltem a cometê-los e que tenham o discernimento necessário para entenderem de vez, que o caçador merece respeito e que os animais muito mais. Por isso, não se podem voltar a marcar seis e sete Montarias numa Zona de Caça, só porque vêem nesta figura cinegética uma boa fonte de receita, e enganar os seus participantes colocando-os em olivais com pessoas a colherem azeitona, como faz um Organizador de Montarias(?) já bastante conhecido no Concelho de Castelo Branco.
Sejamos todos bem mais coerentes!
Manuel António
Apetece-me aqui reflectir um excerto bíblico que um colega (na brincadeira) está constantemente a referir: “…chegará o dia em que os vivos, terão inveja dos mortos…”.
Eu devo confessar que nunca li a Bíblia, nem sei se já alguma vez se concretizaram algumas profecias que “deambulam” pela sua mensagem, mas alguns “transcritos” que se vão ouvindo, dão que pensar. Não há dúvida que a natureza está a responder aos danos que nós (portadores da racionalidade(?)) lhe causámos, principalmente desde que começou a Era Moderna. Depois que inventámos a Indústria e os seus dejectos, os motores, a energia nuclear e os testes com bombas radioactivas (para intimidar Nações), etc., etc., o mundo mudou. Mudou o planeta e mudou a mentalidade dos seus habitantes, principalmente daqueles que se julgam o apogeu da civilização.
Os princípios básicos do respeito, educação e amizade foram adulterados, inevitavelmente, face a uma Sociedade “consumista e egoísta”. Esses princípios básicos, estão obsoletos e desenquadrados no presente e mais estarão amanhã (no futuro). Estamos a assistir à extinção daquela “espécie” de humanos que preferem sofrer, magoar-se ou terem um desgosto, a passarem por cima da honra e da palavra. Nos dias de hoje, a arrogância e a prepotência são confundidas com qualidades inatas de líder, e a mesquinhez com um acto de sabedoria, enquanto que a perseverança e a dedicação, confundidas com actos ocasionais de exibicionismo e não com qualidades. Por trás da formação destas opiniões, estão bases de incidência como o factor Político, Social ou Académico e todo um jogo de interesses que “encaixam” no panorama sócio-económico actual e que não permite outros métodos racionais de aferição, a não serem os que naquele momento servem todo um conjunto de conveniências. Tal qual, um Juíz dá sentenças diferentes para casos análogos e liberta criminosos rejeitando provas evidentes como imagens de vídeo, para arranjar argumentos (como é possível num País de Direito(?)), assim, os mesmos actos concebidos pelas pessoas, são interpretados, assimilados e criticados de diferentes formas, consoante o estatuto da personalidade que os praticou. A “mesmíssima” coisa efectuada por um político ou por um “ignorante” qualquer com “canudo” adquirido no projecto (Novas Oportunidades) que em três períodos de seis meses passa da 4ª. Classe a Dr., e uma pessoa qualquer que recebe a sua “esmola” pelo trabalho que efectua dignamente já com os descontos efectuados, sem nenhuma hipótese de fugir aos impostos e que por esse motivo não pode declarar rendimento mínimo sendo punido pelo facto de o seu filho não ter direito a Bolsa de Estudo, não é aceite da mesma maneira pela Sociedade, sendo ainda que, o filho “dos tais” que se apresenta de carro “top de gama” no estacionamento da Universidade, têm uma “B.E.” porque o “Papá” declara ordenado mínimo e a “Mamã” não trabalha.
Lembro-me de uma frase escrita há muito tempo, pelo “imortalizado” Charlie Chaplin, que se integra na perfeição: “…de tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus…o homem! Chega a desanimar da verdade e a rir da honra, para ter vergonha de ser honesto”.
Em todos os sectores da vida, nos deparamos com “tabuleiros de xadrez” repletos de “peças trocadas” que minuciosamente são coladas com estratégia por pessoas influentes, de modo a tirarem benefícios dessa disposição, mesmo que por vezes tenham de “vigarizar” a lei.
Senão reparem: O Território Nacional, está quase Ordenado e no prazo de pouco tempo, estará completamente. As figuras do Regime Ordenado existentes, são as Zonas de Caça Turísticas, Associativas, Municipais e Sociais (??). Não há dúvida, que se quisermos ter espécies cinegéticas durante muitos anos, teria de ser tomada esta medida, que até já peca por tardia. Pois só assim, se consegue proporcionar alimentação, protecção e sossego aos animais (embora seja nula a comparticipação do Estado), mas também é certo, que esta medida irá dividir os caçadores por extractos sociais. Estão assim de volta as “coutadas particulares”, que embora sejam criadas com base em metodologias marginais (os chamados métodos inteligentes), laboram com a maior tranquilidade, e são até estas “coutadas” que estão no “top tem” das Zonas de Caça, pois as autoridades competentes, continuam a teimar em desconhecer a existência delas (não se sabe bem porquê). Toda a gente sabe que as Zonas de Caça Associativas, devem ser constituídas por Associações, de modo a servir os seus sócios, na proporção de 50 ha por Associado. No entanto, todos conhecemos Associativas constituídas por Associações fictícias, com sócios fictícios, que emprestam a carta de caçador em troca de uma caçada (para a constituição da mesma), sendo depois essa Associativa de uma só pessoa, (normalmente, o dono do monte), que irá convidar quando lhe convier, uns amigos (quase sempre, gente influente na Sociedade), que por sua vez, o irão compensar futuramente de alguma maneira, por fazerem essas caçadas, geralmente bem proveitosas.
Este tipo de gestão não está de forma alguma prevista na lei, mas que existe, acho que ninguém tem a mínima dúvida. Então poder-se-á afirmar que este tipo de procedimento que em nada serve e dignifica a Arte Venatória, por violar (para além de outros) o direito da igualdade, consagrado no nº. 2 do Artº. 13º. da Constituição da República Portuguesa: “Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever…”. Além disso, contribuem para a tal divisão dos caçadores por extractos sociais, porque nessas Zonas de Caça, só entram Doutores, Políticos, Engenheiros, “Profissionais de Farda”, etc.
Eu sou a favor que a totalidade do Território Nacional seja Ordenado, mas, de maneira a que sejam dadas oportunidades iguais aos caçadores. É óbvio que ninguém consegue ser sócio de todas as Associações, nem pagar caçadas em todas as Turísticas, mas no mínimo, cada caçador nunca deveria ter motivo para mentalizar-se que em determinada Z.C. nunca poderá caçar, porque a si (por ser quem é), fechar-lhe-ão as portas. Excluindo estes casos, penso que com o Ordenamento, existe mais organização e mais qualidade, havendo sem dúvida um melhoramento e aumento dos efectivos cinegéticos, demonstrando-se que só é possível colher dois grãos se pelo menos se semear um.
Espero que os casos de sucesso continuem a melhorar em 2009 e que os outros, consigam tirar ilações e conclusões dos erros cometidos, para que não voltem a cometê-los e que tenham o discernimento necessário para entenderem de vez, que o caçador merece respeito e que os animais muito mais. Por isso, não se podem voltar a marcar seis e sete Montarias numa Zona de Caça, só porque vêem nesta figura cinegética uma boa fonte de receita, e enganar os seus participantes colocando-os em olivais com pessoas a colherem azeitona, como faz um Organizador de Montarias(?) já bastante conhecido no Concelho de Castelo Branco.
Sejamos todos bem mais coerentes!
Manuel António