Tenho referido várias vezes que para “colher é necessário plantar”. Não é novidade para ninguém que assim é, e nem sequer fui eu quem descobriu esta “fórmula” de vida. Penso, que tenha sido a persistência dos nossos antecedentes, na constante “luta” para conseguirem o seu pão, em épocas de precariedade de recursos e escassez de “tudo” que dominava a vida das famílias, que gerou esta evidente ilação.
Não estamos em época de precariedade de recursos, tão só, estamos em época de escassez de “vontades”. Pois a modernidade, ofereceu-nos a facilidade “tanganha” e “tolheu-nos o sentimento de orgulho que outrora existiu, de valorizarmos somente o que se conseguia com suor e lágrimas. Esse sentimento extinguiu-se como se extinguiram outros como o respeito e a honra, ou até mesmo alguns que ninguém ousaria, ao longo de toda a história da humanidade, pensar que também morreriam, como o amor. O amor pelos outros, o amor por nós próprios, o amor por Deus e o amor pelos nossos, são sentimentos que agora são sentidos (?) de forma distinta dos padrões verdadeiros que definiam o amor.
Foi num ápice, que tudo se desmoronou! Pois ainda me lembro de quando os filhos “amavam” os pais e estes os seus filhos, de quando as pessoas ajudavam os seus semelhantes (mesmo prejudicando-se), de quando os “aldrabões” e “gatunos” eram desprezados pelas pessoas e nunca conseguiam impor-se na Sociedade.
Fala-se da crise financeira, mas nunca ouvi falar de uma mais importante (para mim) que é a crise e a recessão dos princípios fundamentais que outrora construíam “mentalidades saudáveis”.
Mas aonde é que eu já vou? Desculpem!!
Não é o assunto que eu, agora, quero abordar, mas quase sem querer, as teclas “escorregaram” para aí.
Quando comecei este artigo de opinião, foi com a intenção de relatar a abertura da (nossa) Zona de Caça, que tal como as outras, existe para ter uma abertura e um encerramento em cada Época Venatória. A única diferença (com algumas) é que nos prezamos em criar condições de sossego, refúgio, alimentação e logicamente, procriação, para quando pudermos efectuar as nossas jornadas, podermos fazê-lo em consciência de que os animais abatidos, são excedentários e que os que ficarão serão suficientes para darmos continuidade ao que nos propusemos efectuar, que não é mais do que preservar as espécies autóctones (selvagens), tentando aumentar gradualmente o número dos seus efectivos e a sua qualidade genética (até parece um paradoxo). Passa também por criar um ambiente saudável, entre todos os que acreditaram neste projecto e despertar-lhes sentimentos “arquivados” e já alguma vez vividos, quiçá, há muito tempo, quando havia muita caça e poucos caçadores e os campos eram cultivados. Jornadas perfeitas, com respeito entre as pessoas e estas pelas espécies é outro dos objectivos deste espaço que pretende ser o “Éden”, como já referi noutra “peça” deste blog.
Em conjunto iremos conseguir um espaço aonde todos se sintam bem e possam deixar para trás a “hipocrisia” e a “injustiça” que coabita a nosso lado e nos persegue constantemente na “Selva Urbana”.
Foi com este espírito de “liberdade” que no dia 11 de Outubro, debaixo de um vento muito “acelerado” e de alguma chuva, que fizemos a abertura. O resultado está patente na foto que ilustra este artigo, embora não mostre as perdizes que “infelizmente”foram abatidas e não cobradas (5), passando a constituir alimentação ás raposas que também são espécie cinegética. Fomos nove caçadores “intactos” e um de “muletas”, que mesmo com a perna partida, optou por dar descanso á “cadeira de rodas” que “arrastando-se”, também foi atrás delas.
Falta referir que os nossos “amiguinhos” (cães) praticamente serviram para efectuar o “cobro”, embora estivessem presentes cães fantásticos, mas as “autênticas alectoris rufa” com a sua “bravura”, não quiseram saber disso e “saltavam” a muitas dezenas de metros com velocidades iniciais equiparadas ás do “pico”, sabendo tirar proveito do forte vento. Foi uma manhã bem passada, que ocupou todos os intervenientes, fazendo-os esquecer “a crise financeira”, a “queda da bolsa” o “trabalho” e até o “mundo”, enquanto corriam atrás do “fruto” por nós “semeado”.
A satisfação foi total, tanto na lide venatória como no convívio efectuado por todos durante o almoço (um saboroso javali acompanhado por uma deliciosa salada de agriões, colhidos á porta de casa), confeccionado por amigos que entendem e sabem da arte de cozinhar, os quais, eu muito lhes agradeço, e aproveito para os convidar (espero que aceitem) a efectuar o próximo almoço na próxima jornada. Pois sem os mesmos (dois Homens e duas Senhoras), estaremos condenados a comer sandes.
Não estamos em época de precariedade de recursos, tão só, estamos em época de escassez de “vontades”. Pois a modernidade, ofereceu-nos a facilidade “tanganha” e “tolheu-nos o sentimento de orgulho que outrora existiu, de valorizarmos somente o que se conseguia com suor e lágrimas. Esse sentimento extinguiu-se como se extinguiram outros como o respeito e a honra, ou até mesmo alguns que ninguém ousaria, ao longo de toda a história da humanidade, pensar que também morreriam, como o amor. O amor pelos outros, o amor por nós próprios, o amor por Deus e o amor pelos nossos, são sentimentos que agora são sentidos (?) de forma distinta dos padrões verdadeiros que definiam o amor.
Foi num ápice, que tudo se desmoronou! Pois ainda me lembro de quando os filhos “amavam” os pais e estes os seus filhos, de quando as pessoas ajudavam os seus semelhantes (mesmo prejudicando-se), de quando os “aldrabões” e “gatunos” eram desprezados pelas pessoas e nunca conseguiam impor-se na Sociedade.
Fala-se da crise financeira, mas nunca ouvi falar de uma mais importante (para mim) que é a crise e a recessão dos princípios fundamentais que outrora construíam “mentalidades saudáveis”.
Mas aonde é que eu já vou? Desculpem!!
Não é o assunto que eu, agora, quero abordar, mas quase sem querer, as teclas “escorregaram” para aí.
Quando comecei este artigo de opinião, foi com a intenção de relatar a abertura da (nossa) Zona de Caça, que tal como as outras, existe para ter uma abertura e um encerramento em cada Época Venatória. A única diferença (com algumas) é que nos prezamos em criar condições de sossego, refúgio, alimentação e logicamente, procriação, para quando pudermos efectuar as nossas jornadas, podermos fazê-lo em consciência de que os animais abatidos, são excedentários e que os que ficarão serão suficientes para darmos continuidade ao que nos propusemos efectuar, que não é mais do que preservar as espécies autóctones (selvagens), tentando aumentar gradualmente o número dos seus efectivos e a sua qualidade genética (até parece um paradoxo). Passa também por criar um ambiente saudável, entre todos os que acreditaram neste projecto e despertar-lhes sentimentos “arquivados” e já alguma vez vividos, quiçá, há muito tempo, quando havia muita caça e poucos caçadores e os campos eram cultivados. Jornadas perfeitas, com respeito entre as pessoas e estas pelas espécies é outro dos objectivos deste espaço que pretende ser o “Éden”, como já referi noutra “peça” deste blog.
Em conjunto iremos conseguir um espaço aonde todos se sintam bem e possam deixar para trás a “hipocrisia” e a “injustiça” que coabita a nosso lado e nos persegue constantemente na “Selva Urbana”.
Foi com este espírito de “liberdade” que no dia 11 de Outubro, debaixo de um vento muito “acelerado” e de alguma chuva, que fizemos a abertura. O resultado está patente na foto que ilustra este artigo, embora não mostre as perdizes que “infelizmente”foram abatidas e não cobradas (5), passando a constituir alimentação ás raposas que também são espécie cinegética. Fomos nove caçadores “intactos” e um de “muletas”, que mesmo com a perna partida, optou por dar descanso á “cadeira de rodas” que “arrastando-se”, também foi atrás delas.
Falta referir que os nossos “amiguinhos” (cães) praticamente serviram para efectuar o “cobro”, embora estivessem presentes cães fantásticos, mas as “autênticas alectoris rufa” com a sua “bravura”, não quiseram saber disso e “saltavam” a muitas dezenas de metros com velocidades iniciais equiparadas ás do “pico”, sabendo tirar proveito do forte vento. Foi uma manhã bem passada, que ocupou todos os intervenientes, fazendo-os esquecer “a crise financeira”, a “queda da bolsa” o “trabalho” e até o “mundo”, enquanto corriam atrás do “fruto” por nós “semeado”.
A satisfação foi total, tanto na lide venatória como no convívio efectuado por todos durante o almoço (um saboroso javali acompanhado por uma deliciosa salada de agriões, colhidos á porta de casa), confeccionado por amigos que entendem e sabem da arte de cozinhar, os quais, eu muito lhes agradeço, e aproveito para os convidar (espero que aceitem) a efectuar o próximo almoço na próxima jornada. Pois sem os mesmos (dois Homens e duas Senhoras), estaremos condenados a comer sandes.
Manuel António
1 comentário:
O mundo está cheio de desencorajadores.Temos o dever de encorajar-nos uns aos outros.Muitas vezes uma palavra de reconhecimento ou de agradecimento ou de apreço,ou de ânimo,tem mantido o HOMEM de pé.
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