quarta-feira, 30 de abril de 2008

PASSEIO PEDESTRE


A evasão espiritual impõe-se nos dias de hoje.
Encontrar os “atalhos” no meio do marasmo, para fugir à rotina quotidiana e esquecer a restritiva comunicabilidade das pessoas é altamente necessário. O “cinzentismo” e a indeferença das grandes sombras da “selva de betão”é uma doença que ataca as pessoas, podendo até ser fatal. O doente contaminado com esta enfermidade, mostra sintomas de arrogância, egoísmo, falta de educação e incompreensão. O stress acumulado pela frequente competitividade laboral e social pode até provocar ataques de agressividade momentânea, impulsionados por motivos tão simples como, “estar parado 1 segundo mais no sinal vermelho, porque o carro da frente não arrancou imediatamente logo que abriu o verde”.
A terapia para esta doença, pode passar por uma aproximação ao nosso espaço natural e tentar encontrar-nos a nós próprios, em reflexão, num ambiente mais propício à reconciliação com a própria alma.
No fundo, reina a necessidade de preencher os sentidos com algo de inesperado que surpreenda o lógico.
Foi nesta perspectiva que se realizou o passeio pedestre “Rota do Caçador” o qual, penso ter ajudado à “descompressão nervosa” que cada participante, sem o saber transporta, além da radioactividade estática, causada pela proximidade constante aos aparelhos electricos, como o computador.
Deixemo-nos de ”palha seca”!
Foi um bom passeio e ponto.

Foram 55 “pedestrianistas” que coloriram o recinto de Nª. Srª de Mércoles ás 8,30h do dia 27 de Maio, que durante algumas horas se “fundiram” com a paisagem ribeirinha do rio Ponsul. O Sol também quis participar neste passeio, tendo-se até entusiasmado um pouquinho, mas o múltiplo colorido “das vestes” da natureza, “doparam” com a força e vitalidade necessária (quase) todos os participantes, para completarem os 20 Km que os separava da civilização (?) (9 Km a descer e 11 Km a subir).
O Monte do Pombal, serviu de cenário natural a este passeio, encantando os participantes com a sua beleza e posição geográfica. Neste Monte puderam “deixar de ver” os postes e fios telefónicos e os postes de alta tensão, e puderam apreciar além da tranquilidade natural e do “folclore” de cores, alguns animais nunca antes vistos (por alguns). Foi ali servido o almoço, confeccionado por amigos que têm a virtude de compreender o quão necessário e importante é a sua colaboração, para que possam haver actividades e eventos com este carisma. A eles, muito obrigado. Aos participantes, agradeço igualmente por terem tido a coragem de aceitar o meu desafio, mesmo tendo alguns (que não vou referenciar o nome), demonstrado que afinal o sexo forte, pode não ser assim tão forte, quando por perto está uma viatura que os pode transportar. Mas, talvez tenha sido porque sentiam o estômago cheio demais (?).
Até ao próximo passeio.

Manuel António

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